Ministro vai conduzir as eleições municipais deste ano
POR CAROLINA BRÍGIDO - O GLOBO
O
Supremo Tribunal Federal (STF) definiu nesta quarta-feira, em votação
simbólica, que o ministro Gilmar Mendes será reconduzido para uma das
três vagas da corte no Tribunal Superior Tribunal (TSE).
Atualmente,
Gilmar é o vice-presidente do TSE e Dias Toffoli é o presidente. No fim
de maio, termina o mandato de dois anos de Toffoli. A decisão tomada
hoje pelo STF garante que Gilmar assuma o posto na sequência. Ele ficará
no comando da corte eleitoral também por dois anos.
Caberá
a ele conduzir as eleições municipais deste ano. E, muito
provavelmente, presidir o julgamento das quatro ações que tramitam no
TSE pedindo a cassação do mandato da presidente Dilma Rousseff e do
vice, Michel Temer. Para o Palácio do Planalto, ter Gilmar à frente da
corte eleitoral já representa prejuízo. Ele tem sido o ministro do TSE
que defende com mais fervor a necessidade de investigação dos supostos
ilícitos cometidos na campanha de Dilma. Em declarações públicas, ele
não poupa críticas à administração da presidente.
Assim
como Toffoli, Gilmar tem votado contra os interesses da presidente
Dilma em votações relevantes. Por exemplo, os dois foram favoráveis à
reabertura de uma das ações que tramitam no tribunal contra a
presidente. O processo tinha sido arquivado e, por cinco votos a dois,
foi reaberto em outubro do ano passado.
Gilmar
foi o relator das contas de campanha de Dilma. A contabilidade foi
aprovada pelo plenário do TSE em dezembro de 2014, assim que terminou a
eleição. Ainda assim, o ministro pediu que fossem instauradas
investigações em outros órgãos para apurar a suspeita de que a campanha
petista foi abastecida com dinheiro desviado da Petrobras.
Quando
Gilmar assumir a presidência do TSE, Luiz Fux será empossado
vice-presidente. Rosa Weber completará o time de ministros do STF com
assento na corte eleitoral. O TSE também conta com dois ministros do
Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois advogados eleitos pelo STF e
aprovados pelo Palácio do Planalto. Gilmar já foi presidente do TSE em
outra ocasião, de fevereiro a maio de 2006.
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