
Segundo os próprios
atingidos, é por conta de números como esses que a situação das comunidades
rurais no interior do Estado pouco mudou desde o início da estiagem. A TRIBUNA
DO NORTE visitou várias cidades em maio e registrou as dificuldades encontradas
por conta da seca. Francisco das Chagas foi um dos entrevistados. Sete meses
depois a situação pouco mudou. "Temos menos bichos morrendo, mas isso é
porque boa parte do rebanho morreu naquela época", lamenta o criador. Até
dezembro cerca de 50 animais morreram no assentamento Seridó.
A principal dificuldade
a persistir na vida das comunidades rurais do interior do Estado é a falta de
pasto e água para o gado. "Existe a ração do Governo do Estado e o milho
da Conab, mas nem todos os colonos conseguem ter acesso. O cadastro não contempla
todos", diz Francisco das Chagas. Com os reservatórios esvaziados e o chão
tão seco que até a palma e o xique-xique começa a murchar, os produtores têm
duas possibilidades: ou compram a ração ou esperam pelo Governo. Os
"menores" não tem como desembolsar o necessário para comprar ração.
Dependem dos governos.
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